O Brasil regulamentará o mercado de apostas esportivas em 2025. Economistas preveem que essa regulamentação trará entre 2 e 10 bilhões de reais para o governo no próximo ano.
Analistas consideram o valor baixo, dado o aumento das apostas online no país. Eles também notam que esse tipo de consumo já faz parte do comportamento dos brasileiros.
Economistas dizem que, como o mercado ainda está em expansão, as receitas poderão crescer no futuro.
As empresas pagarão 12% de impostos sobre os rendimentos de cada aposta após a distribuição dos prêmios. Além disso, elas pagarão IRPJ e CSLL, aumentando a carga tributária.
Apostadores que ganharem mais de R$ 2.112 pagarão 15% de impostos. Empresas que quiserem operar no Brasil pagarão um subsídio de 30 milhões de reais ao governo.
O prazo para solicitar a regulamentação terminou em 20 de agosto, com 113 candidaturas recebidas.
Empresas aprovadas deverão pagar o subsídio até o fim do ano. O Ministério da Fazenda estima que a regulamentação gerará R$ 3 bilhões em 2024.
Para 2025, Ítalo Franca, economista do Santander Brasil, projeta uma receita de 5 a 10 bilhões de reais, mas alerta que há incertezas, já que o mercado é novo. Ele afirma que o impacto dos impostos sobre o hábito de apostas ainda é desconhecido.
Grande parte da arrecadação virá dos impostos pagos pelas empresas e do pagamento de subsídios. Analistas acreditam que a maioria dos apostadores ficará isenta, com base nos ganhos.
Franca disse que a maior parte da arrecadação virá das receitas das empresas, já que muitos apostadores perdem dinheiro.
Gabriel Leal de Barros, economista da ARX Investimentos, projeta que, quando o mercado estiver mais maduro, a regulamentação poderá gerar entre 8 e 10 bilhões de reais por ano.
Em 2025, ele espera uma arrecadação mais modesta, cerca de 3 bilhões de reais. Ele afirmou que isso ajudará o governo, mas não resolverá problemas orçamentários.
Barros também disse que a tributação dos ganhos dos apostadores será baixa. Ele citou estudos que mostram que a maioria dos apostadores vem das classes C e D, com apostas médias de cerca de R$ 100.
Barros concluiu dizendo que um projeto de lei no Congresso que legaliza bingos e cassinos pode influenciar o futuro do mercado de apostas.